quarta-feira, 15 de julho de 2020

A Era da Mentira

A Era da Mentira

E no constate e incessante
Processo evolutivo(?)
E concomitantemente destrutivo
Dessa tal raça
Autoproclamada superior(?)
A Ratificarem a passagem
Da chamada Era Digital,

Com tantas mentiras
Acerca de si
E ao seu redor,
E não quer dizer
Que já não o fizesse antes,

Mas agora aos olhos de todos
E nas pontas dos indicadores
A apontarem aos opositores
Verdades escolhidas cegamente
Que não correspondem
À realidade.

Mas o que é a Verdade?
Hoje em dia ,
Com absoluta certeza,
Senão a Mentira
Por detrás de uma Máscara.

E assim seguimos
Triunfantemente melancólicos
Rumo ao obscurantismo
Do que poderia ter sido o apogeu
De uma história um dia esquecida.

( Luís Roder ) 

O Tamanho do Chifre do Unicórnio

O Tamanho do Chifre do Unicórnio 

E continuamos ,
Insistentemente ,
A mensurar em êxtase 
O tamanho do chifre do unicórnio !

Assim como a discutir ,
Inocuamente, 
O destino final desta jornada, 
Ora tão empolgante, 
Ora tão sem sentido, 
Em tanto o sul do Céu 
Ou o norte do Inferno
Ou uma chance de fazer
As mesmas coisas de novo ...

Como se elas fossem ,
Ingenuamente, 
Responder a uma pergunta ,
Cuja assertiva, 
Lá no bem fundo ,
É de uma inefável realidade
Que nunca existiu!

Luís Roder )

Lendo A Bula...

Lendo A Bula...

E me pego entre atônito
E amargamente surpreso
A ler a bula da vida
Receitada por um Doutor Surpremo,
Cujo o Proto geridor desconhece ,
E com assombrosa dificuldade
Em meramente ouvir
Aquele paciente em busca
De divinas respostas
Aos dolorosos anseios
De um alquebrado corpo
Cujas pedras não consegue mais
Carregá-las dentrode si.
E o alívio, aparente, surge
Em um receituário mágico
A um outro corpo
Com uma outra dor
Que não corresponde
A minha.

Luís Roder )