domingo, 9 de fevereiro de 2014

Khali


Khali

Caminhando lentamente
Do alto dos seus saltos
Circunda a presa pendurada
Amarrada pelos tornozelos
Em ofegante e aterrorizada respiração.

Insensível e impassível às súplicas
Seu poderoso e indiferente olhar,...
Em secreto deleite,
Na promessa do silêncio eterno.

Enquanto a fria lâmina afiada
Corre pelo corset cor da sua alma.
Em rubras riscas feitas de aço
Habilmente escreve o destino da vítima,
Porém,ninguém é inocente,então...

E o cheiro de ferrugem preenche o ar...
Mas não sacia a sua vontade
Dentro das suas calças de couro,
Agora inundadas de prazer
Ao fazer aquilo que sempre desejou...

Finalmente ousou assumir o seu papel
De deusa da morte
Aceitando a oferenda
Em gotejante chuva de sangue
Em seus seios nus.

A saciar,por hora,
As sua mais íntimas fantasias
A arderem e consumirem
A inconsciente chama animal
Daqueles que ousam serem deuses

Do seu próprio mundo
E lançarem aos céus as cinzas consumidas.
Por terem vindo aqui somente
Fazer o que quiserem
Sem pedir perdão a ninguém!

( Luís Roder )

Nenhum comentário:

Postar um comentário