sábado, 21 de junho de 2014

Eu Te Desafio...

Eu Te Desafio...

Eu te desafio...
A viver intensamente
Sem necessariamente ser
Cada segundo,
Pois dormir também é bom demais!

Eu te desafio...
A amar loucamente
Mas sem perder a cabeça
Pois amar a si mesmo
É fundamental!

Eu te desafio...
A experimentar novas coisas
Pois essa viagem sem sentido
A qual chamamos vida
Foi criada para isso!

Eu te desafio...
A deixar tudo em ordem depois,
Sem machucar ou destruir 
O que está ao nosso redor
Porque a vida continua mesmo sem nós...

Eu te desafio...
A respeitar a maluquice alheia
Sem julgar ou condenar
Justamente por não desejar
Que o inverso aconteça!

Eu te desafio...
A tentar ser escandalosamente feliz!
Mesmo sabendo, inconscientemente,
Que isso não é uma constante
Mas não é algo assim tão distante.

Eu te desafio...
A ver o pôr do sol
E todos os outros pequenos milagres
Que acontecem ao nosso redor...
Já que só se vive uma vez!

( Luís Roder )

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Peculiar Linguagem

Peculiar Linguagem

A nossa peculiar linguagem
Atinge níveis insondáveis
A quem de fora observa
Um estranho casal,
Que entre sorrisos,sons,
Rimas que rimam sem rimar
E olhares silenciosamente eloquentes,
Constrói um código linguístico consonante,
Tão único e intrincado,
Onde gestos,corpos e palavras
Se completam e transmutam
Num delicioso poema vivo
De ritmados corações apaixonados.

( Luís Roder )

Os Segredos Desvelados

Os Segredos Desvelados

Quando vi os segredos desvelados
Da minha sombria alma
De anjo caído há tanto tempo
Cuja a lembrança do porquê
Quase tinha se apagado
Na busca a qual me impus
Por acreditar não existir
O que realmente encontrar.

Me vi em redenção,
Mesmo sem ser pecador,
Pois quem nos faz
Esse bem que tu me propicias
De ser quem sou
Sem precisar me ocultar
Por trás de qualquer máscara
Realmente encontrou a felicidade
Que nunca acreditei
Realmente ser possível de existir!

( Luís Roder )

A Ironia do Tempo

A Ironia do Tempo

Quando somos jovens
Torcemos para o tempo passar rápido
E podermos aproveitar
Alguns momentos parcos
Repletos de uma alegria fugaz...

E só depois, muito tarde,
Percebemos em temor
Termos acelerado ante ao inevitável
Buscando retardar o que não para...

Continuando sempre em frente
Sem se preocupar com a nossa companhia
Já que o Tempo é solitário
Pois não pode esperar por ninguém...

( Luís Roder )

Obediência

Obediência


"O fulcro da questão
Da liberdade
É a sua noção
De obediência."

É como e quanto
Nos importamos 
Com a opinião alheia.

E quando e onde
Fazermos o que acharmos
Termos o direito de fazer
O que quisermos.

Sem termos dogmas
Ou sistemas políticos
Avaliando e julgando
Algo que varia de lugar,
Época ou filosofia.

E que no fim
Apenas tentar domar
A animal natureza humana.

( Luís Roder )

Libertar-se

Libertar-se

A companhia da solidão
Causa a falsa impressão
De que as coisas não são
Como deveriam ser...

Nos imaginamos, e nos perdemos,
No "poderia ter sido..."
E as suas sedutoras promessas 
Não cumpridas de grandeza

Onde a tentadora ideia
De todas essas possibilidades
Começa a sufocar o ego,
Agora preso e enterrado

Em um profundo buraco,
Escavado aos poucos,
Pela perigosa mente
A tentar inutilmente

Entender o que não tem explicação.
E quando percebemos,
Em dolorosa surpresa,
Caminhamos até um lugar estranho

Dentro de nós mesmos,
Assim acabamos nos perdendo
Do nosso caminho inicial
E tudo o que queremos

É que essa dor cesse de vez.
A fácil opção de fechar os olhos
Deixando o corpo ascender
No sentido contrário ao tomado pela vida,

Que só anda para frente
Entre seus altos e baixos...
Em que a dor e o júbilo
Se completam em paradoxo

Para que o dia complete a noite
E as belezas e desafios de ambos
Nos deem uma mentirosa esperança
De que tudo será diferente.

E ao abraçarmos calorosamente
A necessária depressão
Dessa inevitável constatação.
É que finalmente seremos livres

Para podermos sorrir de novo
Como um dia fizemos de modo pueril
E finalmente sermos felizes
Livres de expectativas inúteis.

( Luís Roder )