Poeira Estelar
Um pouquinho antes,
Talvez alguns milhares de anos,
Da nossa galáxia se chocar
Maravilhosamente com a de Andrômeda
Numa dança de destruição
E consequente recriação
De tudo que nos rodeia...
Teremos saboreado a própria e inevitável
Extinção da nossa frágil criação:
Esse Universo complexo e distante
A orbitar egocentricamente em volta
Dos nossos grandiloquentes e dramáticos umbigos
Rumando sempre para onde
O nosso nariz empinado e arrogante,
De raça a acreditar ser dominante
E risivelmente pensante,
Achou ter ido, visto ou vencido
Para deixar, um dia , de ter existido
Sem ter deixado nenhum vestígio
A não ser a nossa bela poeira estelar...
Nossa matéria e prova
De que nem tudo é
Como realmente pensamos ser
E o fim pode ser sempre
Um recomeço...
Mesmo não estando mais aqui!
( Luís Roder )
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