quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Ah Velhinho...

 Ah Velhinho...


E com o mesmo bom humor de sempre 
Nos saudamos com os nossos pseudônimos 
Atravessou a rua com as pernas cambaleantes
E com a voz fraca já buscando um pouco de ar
Fez o que não imaginávamos ainda
As suas últimas pueris brincadeiras 
A tentar aliviar a apreensão e tensão 
Do momento que seria o derradeiro 
E deixou uma saudade imensa 
Além de um surpreendente sorriso final 
De ouvir as repetidas histórias 
As quais foram tristemente caladas 
Não para sempre porque sempre o carregaremos
Aqui conosco em nossas mentes e corações 
Infinitamente...
Até que um último abraço aconteça 
Sem nos darmos conta 
Que era um de despedida .

( Luís Roder )

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