Um Verão Inesquecível
Ando à noite a esmo
Pelas ruas da cidade abafada.
Disparo as minhas frustrações
Em tudo aquilo que desejo
E no vazio por não tê-las
As destruo sem hesitar.
Mas os rastros deixados
Onde não devia ter estacionado
Levaram aos gritos de horror
Trocados por repetidos latidos
A ordenarem um comando
À uma mente descontrolada
Ansiosa por arrumar
Um culpado externo
Cujas débeis desculpas
Não convencem a ninguém
Mas trazem de modo tardio
Um melancólico reconhecimento.
( Luís Roder )
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