Despertar
Enquanto vivia nos reinos oníricos de Morfeus,
em busca de uma proteção,
impossível de ser desfrutada
e a cobrar um precioso preço,
eras velada por outra,
a tua irmã gêmea,
aquela que é cautelosa,
a que construía uma parte
da tua encantada mitologia
enquanto tu dormias,
de olhos bem abertos
a observar tudo à sua volta.
Agora era um leve sono,
porque teu corpo já sabia
que esse entorpecimento
não poderia durar para sempre,
sem precisar de beijo
encantado do príncipe,
que por sinal foi devorado,
sem sequer dar conta
do milagre que acontecia...
Quando tua metade selvagem
ascendeu em equilíbrio e força
e tomou o seu devido lugar
num magnífico despertar
cheio de sede de viver.
Já que a vida urge e cobra caro
de quem dela desdenha
de seus misteriosos presentes
e seus deliciosos segredos.
( Roder )
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