Carnaval
E o diabo perdeu o rabo
Numa tarde onde corpos
Se entrelaçaram
E se tornaram apenas um
Divididos em partes espalhadas
Pelo quarto onde as marchinhas
Não eram de carnaval
Mas a carne transcendeu
E ascendeu além do espírito...
E nos encontramos
Olhos nos olhos
Sem fantasia,
Lenço ou documento,
Mas sabendo o que queremos
Para todos os feriados
Até a eternidade
Vir nos cobrar
O irrisório preço
que resolvemos pagar
Pelos nossos paradoxos
Serem tão consonantes.
( Luís Roder )
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