Deusa Profana
És rainha das feras
A cavalgar em pelo
O desejo nunca reprimido
Pelas matas a enterrar
As garras nos animais
A servirem-te ...
A saciarem-te...
Deitada entre os lobos
Possuída ferozmente por eles
Em êxtase profano
Com o sangue escorrendo
Pelas tuas mandíbulas a pintar
Cores de guerra pelo teu corpo alvo.
Tua crina cor da noite
Esvoaçando febrilmente
Enquanto estraçalha impiedosamente
Mais um presente de Gaia
Pois o teu sexo quente e úmido
Pulsa fortemente entre as vísceras
Espalhadas em torno de ti
Formando um pentagrama
A abrir os portões secretos
das dimensões da tua mente
No desejo de entregar-te
Aos teus mais íntimos sentidos
Libertando nesse vai e vem
o que nunca pôde ser aprisionado
Dentro de ti.
( Luís Roder )
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